terça-feira, 18 de setembro de 2012

Rádio Renascença: "Portugal fora da reunião com Monti para falar do euro"

Pedro Passos Coelho não procura na Europa uma solução para a crise em Portugal e para resolver os problemas dos portugueses, mas apenas para a prossecução da sua ideologia daquilo que deve ser um Estado... daí ter-se aliado a Merkel e desprezado uma união com os outros países que estão em dificuldades e que procuram uma saída mais airosa para os seus povos desta crise económica.

E nesta altura é triste constatar que esses países, que estão no mesmo barco, deixaram de contar com o nosso 1º Ministro e, por consequência, com o nosso país para se constituírem como um forte grupo de pressão para negociar contra os "mandos e desmandos" da troika.



Primeiro-ministro italiano reúne-se com países em dificuldades, mas Passos Coelho não vai por motivos de agenda.

O primeiro-ministro italiano, Mário Monti, recebe na sexta-feira (dia 21) os seus homólogos da Grécia, da Irlanda e de Espanha para uma reunião sobre a crise e o futuro do euro. Portugal fica de fora. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho foi convidado, mas recusou por motivos de agenda.

No dia do encontro, Passos Coelho tem debate quinzenal de manhã na Assembleia da República e, à tarde, tem a reunião do Conselho de Estado, convocada pelo Presidente, Cavaco Silva. Ao que a Renascença apurou junto do gabinete do primeiro-ministro italiano, a presença de Passos Coelho em Roma nunca esteve prevista, mesmo antes da convocatória do Conselho de Estado e do agravar da crise política em torno das últimas medidas de austeridade do Governo.

Os chefes dos Governos de Itália, Espanha, Grécia e Irlanda – países na linha da frente da crise do euro – deslocam-se à capital italiana para participar numa reunião da Internacional Democrata-Cristã. O primeiro-ministro italiano aproveitou a ocasião para convidar os seus homólogos europeus para um almoço em que vão estar também presentes os primeiros-ministros da Hungria e da Albânia.

Mário Monti tem assumido, ao nível europeu, a defesa de formas alternativas para sair da crise, nomeadamente recusando a austeridade como instrumento principal. Se não fosse a ausência de Portugal, esta seria a primeira vez que os líderes dos países mais afectados pela crise do euro se encontrariam ao mais alto nível.

No passado, Portugal distanciou-se também de uma iniciativa de Mário Monti para promover uma política de crescimento na Europa. Na ocasião, o governante italiano reuniu-se com os mesmos países que participam na reunião de sexta-feira.

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